Você sabia que algumas moedas e notas raras podem valer até 200 vezes mais que seu valor original?
Com a celebração dos 30 anos do real, colecionadores estão de olho em peças escassas e bem conservadas.
Notas de 100 réis podem chegar a R$ 4 mil, enquanto moedas de R$ 1 de séries específicas e cédulas de R$ 100 com assinaturas raras são altamente valorizadas.
Edições comemorativas, como a moeda de R$ 1 pelos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, também têm grande valor no mercado numismático.
Moedas e notas raras do real
O real completa 30 anos nesta segunda-feira, 1 de julho. Com o tempo, algumas moedas e notas raras se tornaram altamente valorizadas por colecionadores, podendo alcançar até 200 vezes o valor de face original.
A inflação acumulada nos últimos 30 anos fez com que R$ 100 em 1994 comprassem o equivalente a R$ 12,38 hoje.
No entanto, algumas notas e moedas raras podem valer muito mais. Por exemplo, uma nota de 100 réis antiga pode valer até R$ 4 mil dependendo da série.
A valorização das moedas e cédulas raras é justificada pela numismática, o estudo histórico e artístico dessas peças.
O que torna uma moeda ou cédula valiosa é a sua escassez e estado de conservação.
“Não é a antiguidade que importa”, explica Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.
“Existem peças da época do Império Romano que valem menos do que algumas emitidas no Plano Real.”
Alguns exemplos de moedas e notas raras
Na internet, notas e moedas antigas do real são oferecidas por preços elevados. Cédulas de R$ 1 da primeira família do real, descontinuadas em 2006, podem ser anunciadas por mais de R$ 1 mil.
Um exemplo é uma moeda de R$ 1 cujo número de série começa com a letra B e termina com a letra A.
Devido à baixa tiragem, essas moedas podem valer até 200 vezes o valor original. Além disso, notas de 100 reais com a assinatura do ministro Rubens Ricupero podem valer até R$ 4 mil.
Erros de impressão ou cunhagem também podem aumentar o valor de moedas e cédulas comuns. “Isso contribui para a valorização das peças”, afirma Pellizzari.
Peças emitidas em edições limitadas também são valorizadas. Um exemplo é a moeda de R$ 1 em comemoração aos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, emitida em 1998, com apenas 600 mil unidades.
Outras moedas valiosas incluem as de R$ 0,10 e R$ 0,25 emitidas em 1995 para celebrar os 50 anos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Essas moedas tiveram uma tiragem de apenas 1 milhão de unidades.
Merece destaque a cédula de plástico de R$ 10, comemorativa dos 500 anos do descobrimento do Brasil.
Embora ainda não seja das mais valiosas devido à quantidade em circulação, continua sendo uma peça interessante para colecionadores.
Histórico do Real
O real entrou em circulação em 1 de julho de 1994 e desde então passou por mudanças significativas.
Em 1998, ocorreu a primeira troca de moedas, com novos metais e design. Em 2003, uma nova moeda de R$ 1 foi lançada devido à alta falsificação do modelo anterior.
Todas as moedas antigas de R$ 1 foram substituídas pelo novo modelo. Na época, qualquer instituição financeira estava autorizada a fazer a troca. Hoje, essa troca só é possível no Banco do Brasil.
Em 2006, a nota de R$ 1 foi descontinuada, e apenas a moeda de R$ 1 continua em produção.
Em 2010, foi introduzida a segunda família de cédulas com tamanhos diferentes e novos recursos de segurança.
Quase todas as moedas e cédulas ainda podem ser usadas para pagamentos, exceto a antiga moeda de R$ 1, que foi retirada de circulação em 2003.
Dicas para colecionadores
Para quem deseja começar a colecionar, Pellizzari recomenda estudo. Há livros e catálogos que ajudam a identificar as peças mais escassas e valiosas.
Uma coleção bem fundamentada pode ser uma reserva de valor para o futuro.
Quem possui moedas antigas e quer descobrir seu valor pode buscar orientação profissional em casas consolidadas, clubes de leilão e associações de colecionadores, como a Sociedade Numismática Brasileira, que possui cerca de 1000 membros.