Você já se perguntou quanto pode valer uma moeda rara?
Moedas colecionáveis podem valer muito mais que o valor original. A Double Eagle de 1933 é a moeda mais cara já vendida, arrematada por US$ 18,87 milhões em um leilão.
No Brasil, moedas com erros de cunhagem ou edições limitadas também podem alcançar valores altos.
Por exemplo, uma moeda de R$ 1 com defeito pode valer até R$ 20 mil.
A numismática, o estudo das moedas, revela histórias fascinantes e torna essas peças valiosas tanto monetária quanto historicamente.
Encontrar uma moeda rara pode significar descobrir um verdadeiro tesouro.
A moeda rara dos EUA
Moedas podem valer muito mais do que os números impressos em suas faces. Por diversas razões, numismáticos — nome dado aos colecionadores de moedas — pagam muito dinheiro para ter essas pequenas peças em suas coleções.
O valor de uma moeda colecionável pode variar por diversos fatores. Entre eles, estão o valor histórico, a quantidade emitida, se é edição de colecionador e, também, se faz parte de uma leva com erro de cunhagem.
Cunho é o nome dado para os “moldes” usados para fabricar as moedas. No Brasil, por exemplo, uma moeda com defeito de fábrica pode valer R$ 1 mil.
Conforme publicado pela agência de notícias francesa “AFP”, a moeda mais cara a ser comercializada foi a moeda de ouro norte-americana, a Double Eagle de 1933.
Ela foi arrematada em um leilão em 2021 na Sotheby’s de Nova York por US$ 18,87 milhões (cerca de R$ 93 milhões na cotação atual).
Só para efeito de comparação, um carro de luxo, como o Bugatti La Voiture Noire, custava US$ 11 milhões em 2022, segundo a Auto Esporte.
A moeda em questão mostra uma mulher que personifica a liberdade em uma de suas faces e, na outra, uma águia voando. Os desenhos foram elaborados pelo escultor americano Augustus Saint-Gaudens. Essa moeda, produzida em 1933, faz parte de uma linha de 445 mil unidades e tinha, na época, valor de cunho de US$ 20.
História da Double Eagle
Como a moeda se tornou tão valiosa? A realidade é que essas moedas sequer deveriam ter sido produzidas. Logo após ganhar as eleições presidenciais nos EUA, o chefe do
Executivo norte-americano Franklin Delano Roosevelt proibiu o uso do ouro em pagamentos — mesmo em forma de moedas.
Então, ele emitiu uma ordem para que todas essas moedas fossem retiradas de circulação para que, em seguida, a Casa da Moeda as derretesse.
Isso foi feito para que a conversibilidade da moeda norte-americana em ouro chegasse ao fim.
No entanto, algumas dessas moedas foram extraviadas antes do fim trágico e sumiram dos cofres da Casa da Moeda. Como eram ilegais, o governo federal as confiscava conforme as encontrava circulando entre a população.
A última moeda restante se tornou, de alguma forma, propriedade da coleção do rei Farouk do Egito. Ela circulou entre colecionadores até ser arrematada pelo valor recorde em 2021.
Moedas raras no Brasil
No Brasil, há também moedas que alcançam valores significativos. Moedas com erros de cunhagem, edições limitadas ou históricas são altamente valorizadas por colecionadores.
Uma moeda de R$ 1, por exemplo, pode valer até R$ 20 mil se tiver algum defeito de fabricação.
Entre as moedas brasileiras, algumas se destacam:
- Moeda de 1 Real de 1998: Comemora os 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Seu valor pode chegar a R$ 200.
- Moeda de 1 Real de 1999: Comemora os 500 anos do Descobrimento do Brasil. Pode valer até R$ 5 mil.
- Moeda de 1 Real de 2012: Com erro de cunhagem, pode ser vendida por até R$ 3 mil.
Como avaliar uma moeda
Para avaliar uma moeda, colecionadores analisam:
- Estado de Conservação: Moedas em melhor estado valem mais.
- Raridade: Moedas emitidas em menor quantidade são mais valiosas.
- Demanda: Quanto mais colecionadores interessados, maior o valor.