Você guardou aquelas moedas dos mascotes das Olimpíadas Rio 2016 achando que valiam apenas R$ 1? Então prepare-se: alguns exemplares de Vinícius e Tom já alcançam até R$ 850 em leilões especializados. Entender por que uma peça tão recente pode ficar cara em tão pouco tempo é indispensável para quem quer lucrar – ou, pelo menos, não vender barato. Neste guia completo, você vai descobrir a origem dessas moedas, os fatores que determinam o preço, onde vender com segurança e como conservar seu patrimônio numismático.
Como surgiram as moedas dos mascotes das Olimpíadas Rio 2016
O Banco Central lançou, entre 2014 e 2016, uma série de 16 moedas de R$ 1 comemorativas. Dessas, duas trazem os personagens Vinícius (Olimpíadas) e Tom (Paralimpíadas). O objetivo era celebrar o maior evento esportivo já realizado no Brasil, incentivando também o hábito de colecionar.
A tiragem total da série chegou a 20 milhões de unidades, mas os blister packs – envelopes de papel cartão que protegiam a moeda e vinham com certificado – tiveram produção muito menor, estimada em apenas 10 000 kits de cada mascote. É essa escassez relativa que começa a inflacionar os preços no mercado secundário, sobretudo para peças em estado “Flor de Cunho” (sem sinais de manuseio).
Segundo o Catálogo Vieira, referência entre colecionadores, a moeda Vinícius entrou em circulação em 28/08/2015, enquanto a moeda Tom foi distribuída em 09/06/2016. Ambas foram cunhadas na Casa da Moeda do Brasil em aço inoxidável com um anel de aço revestido de bronze, seguindo o padrão bimetálico das moedas de R$ 1.
Características que tornam essas moedas raras e valiosas
Para que a moeda Vinícius ou a moeda Tom alcance valores altos, ela precisa reunir alguns requisitos específicos. Confira o que os avaliadores observam:
- Conservação: peças “Flor de Cunho” valem de 5 a 10 vezes mais que moedas “Soberbas” (com mínimo desgaste).
- Erro de cunhagem: desalinhamentos, duplo batimento ou ausência parcial de desenho podem multiplicar o preço.
- Embalagem original: moedas lacradas no blister oficial da Rio 2016 são as mais desejadas.
- Certificado do Banco Central: o pequeno folder que acompanhava a moeda confirma autenticidade e tiragem.
- Baixa circulação: apesar de 20 milhões de unidades, muitas foram rapidamente retiradas de circulação por colecionadores, reduzindo a oferta no varejo.
O especialista Marcus Vinícius Rissato, da Sociedade Numismática Brasileira, afirma:
“Moedas comemorativas em perfeito estado podem ser mais raras do que se imagina. No caso dos mascotes, a demanda internacional pós-Olimpíada aumentou e ajudou a puxar os preços no Brasil.”
Quanto cada moeda pode valer hoje no mercado de colecionadores
Em 2024, leilões online mostram as moedas dos mascotes das Olimpíadas variando entre R$ 25 e R$ 850, de acordo com a condição. Veja a média atual:
- Circulada (com marcas visíveis): R$ 25 a R$ 40
- Soberba (mínimo desgaste): R$ 60 a R$ 150
- Flor de Cunho sem embalagem: R$ 200 a R$ 350
- Flor de Cunho no blister original: R$ 450 a R$ 600
- Flor de Cunho + erro de cunhagem raro: até R$ 850
Vale lembrar que o mercado numismático é dinâmico. Datas esportivas, variações cambiais e novas descobertas de estoque podem mexer com a cotação. Por isso, é recomendável acompanhar sites de leilões, grupos de colecionadores no Facebook e catálogos atualizados.
Onde e como vender suas moedas comemorativas com segurança
Se você decidiu transformar a moeda em dinheiro, priorize plataformas que protejam vendedor e comprador.
- Leilões especializados: empresas como Brasil Moedas Leilões e Família Bentes oferecem avaliação gratuita e certificação.
- Marketplaces confiáveis: sites de reputação consolidada (Mercado Livre, Shopee) possibilitam pagamento intermediado, mas exigem taxas.
- Feiras numismáticas: eventos em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte permitem negociar cara a cara com colecionadores.
- Grupos locais: lojas de antiguidades ou clubes numismáticos costumam comprar à vista, porém pagam 10% a 20% menos que o preço de catálogo.
Antes de fechar negócio, faça fotos em alta resolução, informe peso e diâmetro (7 g e 27 mm) e descreva qualquer detalhe de conservação. Exigir pagamento via plataformas seguras ou depósito identificado evita golpes.
Cuidados de conservação para manter – ou aumentar – o valor da peça
Mesmo quem não pretende vender agora deve adotar boas práticas de armazenamento. A umidade é inimiga do revestimento de bronze, podendo causar manchas irreversíveis.
- Use cápsulas acrílicas ou saquinhos de zip lock com sílica gel.
- Evite tocar na face da moeda; segure pelas bordas e use luvas de algodão.
- Mantenha em local seco, longe de luz solar direta e de produtos químicos voláteis.
- Nunca “limpe” a moeda com abrasivos ou polidores domésticos; isso reduz drasticamente o valor.
Seguindo esses cuidados, a moeda Tom e a moeda Vinícius podem continuar se valorizando nos próximos anos, especialmente à medida que novas gerações passam a colecionar itens ligados à cultura pop e ao esporte.
Agora que você conhece os bastidores das moedas dos mascotes das Olimpíadas, é hora de vasculhar gavetas e cofrinhos. Quem sabe não há um pequeno tesouro – capaz de financiar a próxima viagem – esperando para ser descoberto?