Você já conferiu o troco do mercado hoje? Pode ser que ali esteja escondida uma moeda de 1 real das Olimpíadas, mais especificamente a versão do mascote Vinícius. Lançada em 2016 para celebrar os Jogos do Rio, essa peça conquistou os colecionadores por reunir tiragem limitada, design carismático e história recente. De acordo com especialistas, o valor de revenda pode multiplicar o seu nominal várias vezes, chegando a até R$ 40 em estados de conservação superiores. Neste artigo, descubra como reconhecer o exemplar, por que ele é tão procurado e o que fazer se você tiver um na gaveta.
Por que a moeda de 1 real das Olimpíadas virou objeto de desejo
Entre 2014 e 2016, o Banco Central lançou uma série comemorativa com 16 modelos de moeda de 1 real das Olimpíadas. Cada desenho retratava um esporte ou símbolo dos Jogos Rio 2016, produzidos pela Casa da Moeda em lotes de aproximadamente 20 milhões de unidades cada. Embora o número pareça alto, a circulação intensa fez com que muitos exemplares fossem danificados, perdendo interesse numismático.
No caso do mascote Vinícius, a procura ganhou força por três motivos principais:
- Ligação direta com a identidade visual dos Jogos, despertando nostalgia nos brasileiros.
- Tiragem única de 2016, sem reedições posteriores.
- Design diferenciado, que foge dos temas esportivos e atrai públicos além dos colecionadores tradicionais.
“Mesmo não sendo raríssima, a série olímpica ficou pouco tempo em circulação íntegra. Hoje, peças bem conservadas são disputadas em leilões”, explica o numismata Eduardo Melo.
Resultado: a moeda tornou-se um símbolo acessível para quem deseja começar uma coleção de moedas raras do real sem investir altas quantias.
Como reconhecer a versão do mascote Vinícius
Identificar a moeda de 1 real das Olimpíadas do Vinícius é simples, mas exige atenção. Veja os pontos-chave:
- Anverso: o centro amarelo exibe o mascote sorridente, com braços erguidos. Ao fundo, constam a legenda “Rio 2016” e os anéis olímpicos.
- Bordo: anel prateado com a inscrição “Brasil” na parte superior e pequenas linhas que representam a pista de atletismo.
- Data: somente 2016. Se o ano for 2015 ou 2014, trata-se de outra modalidade esportiva dentro da série.
- Material: aço revestido de bronze no núcleo e aço inoxidável no anel, igual à moeda convencional.
Uma lupa de bolso pode ajudar a verificar arranhões e a presença do brilho original. Quanto menos marcas, maior o valor de catálogo.
Quanto vale a moeda olímpica hoje no mercado
O preço de venda flutua conforme a lei da oferta e procura, além do estado de conservação. A tabela abaixo oferece um panorama atualizado:
- Flor de Cunho (FC): peça sem sinais de circulação – R$ 30 a R$ 40.
- Soberba: leves vestígios de manuseio – R$ 15 a R$ 25.
- MBC (Muito Bem Conservada): riscos e desgaste moderados – R$ 5 a R$ 10.
- Circulada comum: troco do dia a dia – valor de face (R$ 1) ou pouco superior.
Em plataformas como Mercado Livre e Shopee, anúncios chegam a R$ 60, mas vendas efetivas raramente ultrapassam os valores acima. Já leilões especializados tendem a pagar melhor por lotes completos da série olímpica.
Embora não exista garantia de valorização, o histórico de moedas comemorativas do real indica crescimento real de 5% a 8% ao ano para exemplares FC, segundo levantamento do Clube da Numismática Paulista.
Cuidados de conservação que aumentam o preço de venda
Se você encontrou uma moeda de 1 real das Olimpíadas e pretende vendê-la futuramente, siga estas recomendações:
- Lave apenas em água corrente; produtos químicos podem corroer o revestimento.
- Seque com pano macio, evitando atrito que crie micro-riscos.
- Armazene em holder de plástico transparente ou cápsula acrílica, protegendo da umidade.
- Mantenha longe de borracha, pois o enxofre acelera a oxidação.
- Evite manuseio excessivo. Use luvas de algodão para inspeções.
Essas práticas simples ajudam a preservar a coloração bimetálica e garantem melhor avaliação em catálogos de moedas raras do real.
Vender ou guardar: o que especialistas sugerem
Decidir entre comercializar agora ou conservar depende do seu objetivo. Para quem busca lucros rápidos, o conselho é aproveitar a alta momentânea de interesse gerada por vídeos virais nas redes sociais. Contudo, se a intenção é investir em médio prazo, guardar pode render bons frutos.
“O apelo histórico tende a crescer após cada ciclo olímpico. Quem guardar exemplares impecáveis pode ver a cotação dobrar na próxima década”, avalia a presidente da Sociedade Numismática Brasileira, Marília Queiroz.
Se optar pela venda, prefira:
- Feiras numismáticas reconhecidas, onde há público especializado.
- Grupos de colecionadores no Facebook, que facilitam negociações diretas.
- Leilões online certificados, que oferecem laudo de autenticidade.
Já quem deseja montar uma coleção completa pode trocar a moeda do Vinícius por outros modelos da série, equilibrando valores e enriquecendo o acervo.
Em qualquer cenário, lembre-se: informação é o maior aliado de quem lida com moedas. Mantenha-se atualizado sobre catálogos, participe de fóruns e, claro, nunca subestime o que pode estar escondido no seu troco.