Você já conferiu o troco hoje? Entre as peças de circulação comum pode estar a moeda rara JK, de R$ 1, cujo valor para colecionadores chega a incríveis R$ 600. O exemplar, emitido pelo Banco Central em 1998 para homenagear Juscelino Kubitschek, desperta o interesse de numismatas no Brasil inteiro. A seguir, saiba por que essa peça ficou tão valorizada, como identificá-la corretamente e onde vendê-la por um bom preço.
Por que a moeda JK é tão valorizada?
O Banco Central emitiu a moeda rara JK em 22 de abril de 1998, data que marcou o centenário de nascimento do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976). Segundo boletim oficial da Casa da Moeda, foram produzidas 50 mil unidades em acabamento proof (voltadas a colecionadores) e cerca de 10 milhões para circulação regular. Embora o total pareça elevado, apenas uma porcentagem mínima chegou intacta a 2024. Com mais de 25 anos de trajetória, muitas peças se perderam, foram danificadas ou fundidas.
Além da escassez, três fatores ajudam a explicar a valorização:
- Baixa oferta no mercado numismático: quem possui o exemplar tende a guardá-lo.
- Alta demanda por moedas comemorativas do Plano Real, série bastante procurada.
- Conteúdo histórico: JK é figura emblemática por ter transferido a capital para Brasília.
“Quando uma moeda reúne tiragem limitada e apelo histórico, o preço dispara”, observa Marcelo Freire, consultor da Sociedade Numismática Brasileira.
Características físicas e como identificar o exemplar
Para não confundir a moeda JK com outras de R$ 1, preste atenção aos detalhes abaixo:
- Anverso (frente): busto de Juscelino Kubitschek em baixo-relevo, ladeado pelos anos “1902” e “1998”.
- Reverso: padrão tradicional do Real, com o valor facial “1 REAL” e o ano de cunhagem.
- Material: núcleo de aço inoxidável e anel de aço revestido de bronze, técnica conhecida como bimetálica.
- Diâmetro: 27 mm; peso: 7 gramas (margem de 0,2 g).
- Rebordo: serrilhado simples.
Uma lupa de 10× ajuda a verificar se a imagem de JK está bem definida e sem desgastes, elemento crucial na avaliação de preço.
Estado de conservação e tabela de preços
No universo numismático, o estado de conservação influencia até 80 % do valor final. A Associação Brasileira de Numismática adota a seguinte escala simplificada:
- FC (Flor de Cunho): sem circulação, refletindo brilho original.
- SOB (Soberba): leves toques, mas detalhes intactos.
- MB (Muito Bem): desgaste moderado, todos os elementos visíveis.
- BC (Bem Conservada): circulação intensa, parte do relevo comprometido.
Valores médios de mercado em 2024:
- FC: R$ 500 a R$ 600
- SOB: R$ 300 a R$ 400
- MB: R$ 120 a R$ 200
- BC: R$ 40 a R$ 80
Moedas com erros de cunhagem — como deslocamento do núcleo ou falhas de chapa — podem superar esses valores, chegando a R$ 1.000, conforme registros em leilões especializados.
Onde vender ou comprar a moeda JK de R$ 1
Existem diferentes canais para quem deseja negociar a moeda rara de 1 real:
- Feiras numismáticas: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte realizam eventos mensais.
- Sites de leilão: plataformas como e-Bay e Mercado Livre permitem alcançar compradores internacionais.
- Casas especializadas: Harlan J. Berk (São Paulo) e Brasil Moedas (Curitiba) oferecem avaliação gratuita.
- Grupos de colecionadores: comunidades no Facebook e no WhatsApp com moderação de especialistas.
Antes de anunciar, obtenha ao menos duas cotações independentes. Fotografe a peça em alta resolução, mostrando anverso, reverso e a lateral. Transparência aumenta a confiança e evita devoluções.
Dicas para preservar suas moedas comemorativas
Caso você tenha encontrado a moeda JK no cofrinho e deseje mantê-la como investimento, siga estas orientações:
- Guarde a peça em coin holders de acetato ou cápsulas acrílicas, evitando atrito.
- Mantenha em local seco, com umidade inferior a 50 %; sílica-gel ajuda a controlar o ambiente.
- Manuseie sempre com luvas de algodão para não transferir gordura da pele.
- Jamais lave a moeda com produtos abrasivos; isso remove o mint luster e derruba o valor.
Seguindo essas práticas, você garante que a sua moeda rara de 1 real mantenha — ou até aumente — a cotação ao longo do tempo.
Agora que conhece cada detalhe, vale a pena dar uma olhada no bolso e nas gavetas. Quem sabe a próxima moeda de R$ 600 não esteja bem aí, esperando para ser descoberta?