Você encontrou uma moeda comemorativa do voleibol no troco da padaria e ficou em dúvida se vale guardá-la? Pois saiba que este pequeno disco bimetálico de R$ 1, lançado para celebrar os Jogos Olímpicos Rio 2016, está entre as peças mais disputadas do momento. Colecionadores, investidores e até curiosos monitoram seu preço, que já superou R$ 40 em estado Flor de Cunho (FC). A tendência, segundo especialistas, é de valorização contínua até 2026, quando a série completa dez anos. A seguir, descubra os motivos desse fenômeno e aprenda a cuidar, comprar ou vender o seu exemplar da forma mais vantajosa.
Por que a moeda do voleibol virou objeto de desejo
A série Rio 2016 inclui 16 modalidades esportivas, mas a moeda comemorativa do voleibol despontou como “queridinha” por três razões principais. Primeiro, o esporte tem enorme apelo popular no Brasil; a Seleção Masculina, por exemplo, conquistou o ouro justamente em 2016, o que adiciona valor emocional à peça. Segundo, a procura internacional cresceu depois da vitória brasileira, atraindo colecionadores dos EUA, da Europa e do Japão. Por fim, muitos exemplares circularam nas praias e nos grandes centros, sofrendo danos que reduziram a oferta em perfeito estado. Essa combinação de simbologia forte, demanda constante e escassez relativa explica a alta de preço observada desde 2021.
Detalhes técnicos e tiragem oficial
Para avaliar adequadamente a moeda, convém conhecer suas características formais:
- Metal: núcleo de aço inoxidável e anel de aço revestido em bronze
- Diâmetro: 27 mm
- Peso: 7 g
- Bordo: serrilhado intermitente
- Tiragem: 19,9 milhões de unidades, segundo a Casa da Moeda do Brasil
- Designer: Claudia Godoy (averso esportivo) e modelo padrão do Real (reverso)
Embora quase 20 milhões pareçam muito, o número é modesto comparado às moedas correntes, que podem ultrapassar 300 milhões por ano. Quando se filtram apenas as peças conservadas em Flor de Cunho — sem riscos, manchas ou marcas — a oferta real cai drasticamente, justificando a alta cotação.
Cotações atuais no mercado numismático
A variação de preço depende do estado de conservação. Levantamento feito em abril de 2024 em plataformas como Mercado Livre, Shopee e grupos de Facebook especializados revelou o seguinte:
- Circular comum (algum desgaste): R$ 8 – R$ 12
- Soberba (mínimo de marcas visíveis): R$ 18 – R$ 25
- Flor de Cunho: R$ 35 – R$ 50
- Carteira oficial (blister do Banco Central): R$ 150 – R$ 200
Numismatas afirmam que já há negócios pontuais acima desses patamares, sobretudo quando a moeda apresenta brilho original intenso. Portanto, monitorar leilões especializados e feiras presenciais ainda é a melhor forma de obter o preço real do momento.
Previsão de valorização até 2026: o que esperar
Ao completar dez anos de emissão, a série Rio 2016 tende a atrair atenção especial — fenômeno recorrente no colecionismo. Projeções baseadas em séries anteriores (como a de 50 anos da ONU, de 1995) indicam possível alta de 40% a 60% nos próximos dois anos para peças FC. Ou seja, um exemplar hoje negociado a R$ 40 pode chegar a R$ 60 ou mais em 2026. Entre os fatores que sustentam essa previsão estão:
- Incremento de demanda internacional antes dos Jogos Los Angeles 2028
- Desgaste natural das moedas em circulação, reduzindo estoque de qualidade
- Aumento do número de investidores que encaram moedas raras como proteção de capital
“A moeda do voleibol tem apelo emocional e liquidez. Se mantida intacta, deve dobrar de preço em cinco anos”, afirma Paulo Marques, diretor da Sociedade Numismática Brasileira.
Como identificar e conservar a sua moeda de voleibol
Antes de anunciar ou armazenar sua moeda comemorativa do voleibol, verifique detalhes que impactam no preço:
- Brilho: FC deve refletir luz uniformemente.
- Bordo: borda sem amassados ou rebarbas.
- Relevo: linhas do jogador e da rede bem definidas.
Para conservar:
- Use cápsulas acrílicas ou saquinhos de polietileno sem PVC.
- Mantenha em local seco, longe de produtos de limpeza.
- Evite manusear com mãos suadas; prefira pinças com pontas de silicone.
Jamais aplique produtos abrasivos; a remoção do pátina diminui o valor. Caso precise limpar, utilize apenas água destilada e seque com papel macio. Lembre-se: originalidade conta mais que brilho artificial.
Dicas para comprar ou vender com segurança
O mercado de moedas raras floresceu on-line, mas exige cautela. Seguem boas práticas:
- Peça fotos em alta resolução, incluindo anverso, reverso e bordo.
- Solicite referência de vendedores em grupos especializados ou sites como Fórum Numismática.
- Utilize plataformas que ofereçam intermediação de pagamento e seguro.
- Para vendas, anuncie o grau de conservação com honestidade e ofereça frete rastreado.
- Guarde prints e comprovantes; em litígios, valem como prova.
Para aquisições de alto valor, considere um laudo de autenticidade emitido por empresa de certificação. O custo (R$ 30 – R$ 50) é baixo comparado ao ganho de confiança na transação.
Em síntese, a moeda comemorativa do voleibol reúne história, paixão nacional e quantidade limitada, ingredientes que sustentam sua escalada de preço. Se você tem um exemplar, cuide bem dele. Caso ainda não tenha, talvez seja hora de garimpar seu troco ou visitar feiras numismáticas — afinal, 2026 está logo ali.