A notícia de que o rosto de Steve Jobs estampará uma moeda do Steve Jobs de edição limitada movimentou fãs de tecnologia, investidores e colecionadores em todo o mundo. A Casa da Moeda dos Estados Unidos (U.S. Mint) confirmou a tiragem de milhares de peças que celebram a vida e o legado do cofundador da Apple. Além de marcar a história da inovação, a iniciativa deve aquecer o mercado numismático nos próximos meses, gerando expectativa sobre preço, disponibilidade e valor de revenda. A seguir, descubra por que Jobs foi escolhido, como a peça será distribuída e o que essa homenagem representa para o futuro da tecnologia e do colecionismo.
O que é a nova moeda do Steve Jobs
A moeda do Steve Jobs faz parte da série “American Innovators”, criada pela U.S. Mint em 2018 para reconhecer personalidades que impulsionaram o progresso dos Estados Unidos. Produzida em liga de prata .999, a peça terá valor facial de 1 dólar, diâmetro de 40,6 mm e acabamento proof—o mesmo utilizado em coleções de prestígio mundial. No anverso, a moeda traz um retrato minimalista de Jobs, inspirado em uma fotografia de 2006 feita por Albert Watson. No reverso, aparecem o logotipo original da Apple de 1976 e o slogan “Think Different”.
- Tiragem limitada a 250 000 unidades;
- Selo oficial da U.S. Mint e certificado numerado;
- Estojo acrílico antiferrugem incluso;
- Preço de lançamento: US$ 79,95.
Segundo o porta-voz Michael White, “a moeda presta tributo a um visionário cujas ideias mudaram o modo como nos comunicamos, trabalhamos e criamos”. A previsão é que as vendas se iniciem em outubro de 2025, coincidindo com o 20.º aniversário do lançamento do primeiro iPhone.
Por que Steve Jobs foi escolhido
Embora a série “American Innovators” já tenha homenageado nomes como Thomas Edison e Hedy Lamarr, esta é a primeira vez que um líder da era digital recebe tal reconhecimento. A decisão de incluir Jobs foi aprovada pelo Citizens Coinage Advisory Committee em abril de 2024, após uma petição online que reuniu mais de 500 000 assinaturas.
Entre os principais motivos citados pelo comitê estão:
- Lançamento do Macintosh (1984), que popularizou interfaces gráficas;
- Transformação da indústria musical com o iPod e o iTunes;
- Revolução do mercado de smartphones com o iPhone (2007);
- Criação da Pixar, pioneira em animação 3D.
“Steve acreditava que tecnologia e arte são duas faces da mesma moeda. Literalmente transformar isso em uma moeda é um gesto poético”, comentou Tim Cook, CEO da Apple, em nota oficial.
A Apple colaborou cedendo direitos de imagem e supervisionando o design final, mas não receberá royalties. Todos os lucros acima dos custos de produção serão destinados ao Fundo de Inovação Educacional, que financia laboratórios de robótica em escolas públicas dos EUA.
Como a moeda comemorativa será produzida e distribuída
A U.S. Mint utilizará suas instalações em West Point, Nova York, conhecidas pela precisão na cunhagem de metais preciosos. O processo envolve cinco etapas principais:
- Seleção da prata e mistura na liga .999;
- Prensagem dos blanks (discos metálicos) em formato padrão;
- Aplicação de jateamento químico para realçar detalhes do retrato;
- Acabamento proof dupla face para brilho espelhado;
- Encapsulamento e certificação individual.
A venda ocorrerá exclusivamente no site da U.S. Mint e em lojas oficiais espalhadas por Washington, Denver e San Francisco. Cada comprador poderá adquirir no máximo três unidades durante o primeiro mês, a fim de coibir a atuação de cambistas. Para clientes internacionais, incluindo o Brasil, o envio será feito via USPS com seguro obrigatório. Estima-se que o frete até São Paulo custe cerca de US$ 20.
Impacto no colecionismo e no mercado numismático
Especialistas preveem forte valorização da moeda do Steve Jobs nos primeiros anos após o lançamento. Peças da série “American Innovators” de tiragens similares têm se apreciado entre 35 % e 60 % no mercado secundário. A associação com a Apple—marca que ultrapassou US$ 3 trilhões de valor de mercado—torna o item ainda mais atrativo.
Sites de leilão como Heritage e eBay já registraram reservas não oficiais por valores que chegam a US$ 200. No Brasil, lojas de numismática em São Paulo e Porto Alegre planejam importar pequenos lotes para revenda em reais. De acordo com o economista Carlos Vergara, “a demanda por ativos ligados à tecnologia cresce ano a ano; transformar isso em numismática amplia o público além do colecionador tradicional”.
Para quem pretende investir, as recomendações básicas são:
- Comprar diretamente da U.S. Mint para obter certificado original;
- Guardar a moeda em local livre de umidade e variações térmicas;
- Acompanhar leilões internacionais para monitorar preços;
- Considerar a certificação PCGS ou NGC para gradear o estado da peça.
Legado de Jobs e lições para a inovação
A moeda do Steve Jobs simboliza mais do que um objeto de coleção: ela cristaliza a ideia de que visão e design podem transformar indústrias inteiras. Ao eternizar Jobs no metal nobre, os Estados Unidos reforçam a importância da criatividade na economia do século XXI.
Para estudantes e profissionais de tecnologia, a homenagem serve como lembrete de que a interseção entre arte, ciência e negócios produz mudanças profundas. Startups podem se inspirar no perfeccionismo de Jobs; educadores, na sua obsessão por experiências simples e intuitivas; e governos, na capacidade de fomentar ecossistemas favoráveis à inovação.
Em última análise, colocar o rosto do cofundador da Apple em um dólar comemorativo é um convite a “pensar diferente”—não apenas no Vale do Silício, mas em qualquer lugar onde uma boa ideia possa nascer. Se você pretende adquirir a peça, prepare-se para disputar poucos exemplares em uma corrida que promete ser tão intensa quanto o lançamento de um novo iPhone.